Minerar criptomoedas como funciona: o guia que eu queria ter quando comecei

Olha, nunca imaginei que meu computador poderia virar uma “máquina de dinheiro” até aquela tarde de domingo quando meu sobrinho apareceu lá em casa. Entre um copo de refrigerante e outro, ele soltou a bomba: “Tio, meu PC tá ganhando dinheiro enquanto eu durmo.” Confesso que ri no começo. Como assim?

Foi aí que entrei nesse mundo maluco da mineração de criptomoedas. E que viagem tem sido! Depois de quebrar a cabeça, queimar uma placa de vídeo (cara, que susto!) e quase ser expulso de casa quando a conta de luz chegou, hoje posso dizer que entendo um pouco desse negócio.

E é isso que quero dividir com você. Nada de papo complicado ou termos técnicos impossíveis. Só uma conversa franca sobre minerar criptomoedas como funciona na vida real, com seus altos, baixos e surpresas pelo caminho.

O que é essa tal de mineração de criptomoedas?

Sabe quando a gente joga um jogo de adivinhação? Pois a mineração é mais ou menos isso, só que com computadores tentando resolver problemas matemáticos super complexos. Quem acertar primeiro ganha um prêmio – as criptomoedas.

Minerar criptomoedas como funciona na prática? Seu computador fica lá, tentando resolver esses problemas matemáticos junto com milhares de outros no mundo todo. E quando alguém acerta, um novo “bloco” é criado na corrente (o blockchain) e o sortudo ganha algumas moedas como recompensa.

Lembra quando você colecionava figurinhas na escola? É quase isso, só que digital e com potencial pra valer uma grana.

Meu primeiro dia como “minerador” foi hilário. Passei horas configurando tudo, o computador esquentou tanto que dava pra fritar um ovo em cima, e no final… ganhei o equivalente a 75 centavos. Mas cara, a sensação foi incrível! Era o meu computador fabricando dinheiro!

Minerar criptomoedas como funciona

Como tudo começou (uma história rápida)

Antes de a gente se aprofundar, vamos voltar no tempo um pouquinho.

Em 2009, uma pessoa (ou grupo) usando o nome Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin. Ninguém sabe quem é esse cara até hoje. Misterioso, né?

No começo, era moleza minerar Bitcoin. Qualquer computador caseiro dava conta. Um colega meu minerou uns 15 Bitcoins em 2010 usando o laptop velho dele. Hoje isso valeria mais que um apartamento! E sabe o que ele fez com eles? Trocou por uma pizza. Sem zueira. Hoje a gente brinca que foi a pizza mais cara da história.

Com o tempo, ficou mais difícil. Hoje em dia, é praticamente impossível minerar Bitcoin sozinho com equipamento comum. Mas ainda dá pra minerar outras moedas. E é aí que muita gente ainda consegue entrar no jogo.

Entendendo o blockchain sem complicação

Antes de falar mais sobre minerar criptomoedas como funciona, preciso explicar esse tal de blockchain de um jeito simples.

Imagine um caderno onde todo mundo anota quem pagou o quê pra quem. Só que em vez de ficar guardado na casa de uma pessoa, existem milhares de cópias idênticas desse caderno espalhadas pelo mundo todo.

Quando alguém faz uma transferência de Bitcoin, por exemplo, essa informação precisa ser anotada no caderno. Os mineradores competem pra ser o primeiro a verificar se tudo está correto e adicionar essa nova página (bloco) no caderno.

O vencedor ganha bitcoins novos como prêmio pelo trabalho. Legal, né?

No mundo realNo blockchain
Caderno de anotaçõesRegistro de transações
Página do cadernoBloco de transações
Assinatura no papelCódigo único (hash)
Verificar se o cheque tem fundosValidar transações
Salário pelo trabalhoRecompensa em cripto

E agora? Como você pode participar disso?

Maneiras de minerar: qual combina com você?

Existem diferentes jeitos de entrar nessa. Vamos ver qual faz mais sentido pra sua situação:

Mineração solo (cada um por si)

Aqui é você contra o mundo. Seu computador competindo contra todos os outros mineradores.

Tentei isso quando comecei. Foi tipo tentar ganhar na loteria usando um palito de fósforo pra marcar os números. Meu computador ficou ligado por semanas e… nada. Zero. Nem um centavo. E a conta de luz? Essa sim chegou bem gordinha!

A menos que você tenha um super equipamento, esqueça mineração solo hoje em dia.

Mineração em pool (todo mundo junto)

Foi quando entrei num “pool” que a coisa começou a fazer sentido. É como um bolão da loteria: todo mundo junta seus computadores e, quando alguém do grupo ganha, divide o prêmio.

Você ganha menos, mas ganha com mais frequência. No meu caso, comecei a receber pequenos pagamentos todo dia. Dava pra ver o progresso, sabe? Isso me animou a continuar.

Mineração em nuvem (terceirizada)

Se você não quer dor de cabeça com equipamentos e barulho de ventilador na sua casa, existe a mineração de criptomoedas em nuvem. Você paga uma empresa que tem os equipamentos e ela minera pra você, mediante uma taxa.

Testei por dois meses. É cômodo, mas as taxas comem boa parte do lucro. Fica a dica.

Minerar criptomoedas como funciona

Que equipamento eu preciso pra começar?

Depende do que você quer minerar. Vamos ver as opções:

Processadores (CPUs)

Os processadores comuns dos computadores foram usados no início da mineração. Hoje servem pra poucas moedas. É como tentar cavar um túnel com uma colher de chá.

Placas de vídeo (GPUs)

As placas de vídeo são muito melhores pra mineração. Elas conseguem fazer vários cálculos ao mesmo tempo.

Minha primeira “fazenda” era uma caixa de papelão com três placas de vídeo conectadas a uma placa-mãe velha. Minha esposa disse que parecia uma bomba! E quando aquilo ligava, o barulho dos ventiladores… minha nossa! A sala parecia um aeroporto.

ASICs (os profissionais)

São máquinas feitas só pra minerar. Eficientes pacas, mas caras demais. E só servem pra minerar. Não dá pra jogar, trabalhar ou fazer mais nada com elas.

Um vizinho meu comprou um ASIC pra Bitcoin. O negócio é do tamanho de uma caixa de sapato, faz barulho de secador de cabelo industrial e esquenta tanto que ele usa pra aquecer o quarto no inverno!

Programas necessários (o lado simples)

Além das máquinas, você vai precisar de programas específicos:

  • CGMiner e BFGMiner: Os mais populares, mas tem cara de coisa de hacker dos anos 90
  • NiceHash: Super fácil de usar, bom pra iniciantes
  • Cudo Miner: Também amigável pra quem tá começando
  • HiveOS: Pra quem já tá mais avançado

Quando instalei o primeiro software de mineração, achei que tinha baixado um vírus! Tela preta, números piscando, códigos estranhos. Parecia filme de invasão hacker. Mas era só o visual retrô mesmo.

A bomba da conta de luz

Vamos ser sinceros: minerar gasta MUITA energia. É a parte que todo mundo esquece de contar.

Lá estava eu, todo empolgado com meus primeiros ganhos na mineração. Aí a conta de luz chegou. NOSSA SENHORA! Foi quase o dobro do normal. Minha esposa quase me mandou minerar na casa da mãe…

Pra saber se vale a pena, faça esta conta básica:

Lucro = Valor minerado - Custo da energia - Desgaste do equipamento

Se o resultado for negativo, você está literalmente pagando pra trabalhar.

Quais moedas dá pra minerar hoje?

O Bitcoin tá praticamente impossível pra pessoa física hoje. Mas existem várias outras opções:

  • Litecoin: Como um “Bitcoin mais leve”
  • Monero: Focada em privacidade e dá pra minerar com processador comum
  • Ravencoin: Criada pensando justamente nos mineradores menores
  • Ethereum Classic: Depois que o Ethereum mudou, essa continuou minerável

Comecei minerando uma moeda chamada Vertcoin porque era “resistente a ASICs” – ou seja, dava pra competir usando só meu PC. Não fiquei rico, mas me diverti e aprendi muito.

Proof of Work x Proof of Stake: os dois lados da moeda

Quando falamos de minerar criptomoedas como funciona, precisamos entender os diferentes sistemas:

Proof of Work é o sistema tradicional de mineração. Computadores resolvendo problemas. Gasta muita energia, mas é o mais testado e seguro.

Proof of Stake é o novo sistema que algumas moedas estão adotando. Nele, você não precisa de equipamento potente, mas precisa ter moedas “depositadas” como garantia. É tipo uma poupança que te dá o direito de validar transações e ganhar mais moedas.

O Ethereum, segunda maior criptomoeda, mudou recentemente para Proof of Stake. Isso significa que não dá mais pra minerar Ethereum como antes.

TipoProof of WorkProof of Stake
Como funcionaComputadores resolvendo problemas“Depósito” de moedas como garantia
Gasto de energiaAlto (ruim pro planeta)Baixíssimo
EquipamentoPrecisa de máquinas potentesUm computador básico serve
Entrada no mercadoCara (equipamentos)Cara (compra de moedas)
Já foi testado?Muito (mais de 10 anos)Relativamente pouco

Os perrengues da mineração (sim, existem!)

Minerar criptomoedas como funciona

Não vou dourar a pílula – minerar tem seus problemas:

Montanha-russa de preços

Um dia sua moeda vale ouro, no outro não paga nem o café. Já passei por isso várias vezes.

Em 2021, estava minerando uma moeda chamada Ergo. Em duas semanas, o valor subiu 300%! Estava planejando minhas férias na praia… até que veio a queda. Em um mês, voltou pro valor original. Adeus, praia!

A dificuldade sempre aumenta

Quanto mais gente minerando, mais difícil fica. É como se a cada dia a prova da escola ficasse mais complicada, mesmo você estudando a mesma coisa.

Gastos que você não planeja

Não é só energia. Tem ventilador que quebra, placa que queima, programa que precisa pagar… Essas coisinhas vão comendo sua margem de lucro.

O governo tá de olho!

Em alguns lugares, minerar pode ter questões legais ou fiscais. Aqui no Brasil, se você lucrar mais de R$ 35 mil por mês com criptomoedas, precisa declarar e pagar imposto. Fique ligado!

O papo sustentável: planeta x mineração

Vamos falar verdade: a mineração tradicional não é amiga do meio ambiente.

A rede Bitcoin sozinha consome mais energia que países inteiros! É um assunto sério.

Por isso muitas moedas estão mudando para sistemas mais verdes, como o Proof of Stake que mencionei antes.

Uma solução que tenho acompanhado são as fazendas de mineração com energia solar. Um amigo montou painéis solares no telhado justamente pra alimentar seus mineradores. O investimento inicial foi alto, mas agora ele minera “de graça” durante o dia. Genial, né?

Passo a passo pra começar (sem complicação)

Se depois de tudo isso você ainda quer tentar, vamos lá:

  1. Escolha uma moeda acessível pra iniciantes (sugiro Monero ou Ravencoin)
  2. Veja se seu computador aguenta o tranco (principalmente a placa de vídeo)
  3. Calcule se a energia na sua casa não vai tornar tudo inviável
  4. Baixe uma carteira digital pra guardar suas moedas
  5. Instale um programa de mineração amigável como NiceHash
  6. Entre num pool de mineração (sozinho é quase impossível hoje)
  7. Configure tudo e comece!
  8. Monitor a temperatura – computador quente demais é problema!

Quando comecei, minha placa de vídeo chegou a 92°C! Quase fritar. Tive que improvisar um sistema de refrigeração com ventilador de mesa apontado pro computador aberto. Não era bonito, mas funcionou!

Dicas que aprendi quebrando a cabeça

Minerar criptomoedas como funciona

Depois de muita tentativa e erro, posso dar algumas dicas:

Não fique preso a uma moeda só

Às vezes vale a pena mudar o que você minera baseado na rentabilidade do momento. Existem calculadoras online que mostram o que é mais lucrativo minerar com seu equipamento específico.

Cuide da temperatura

Equipamento quente demais dura menos e consome mais energia. Invista em refrigeração decente.

Energia mais barata = mais lucro

Se na sua região a energia tem tarifa diferente de acordo com o horário, programe a mineração para os períodos mais baratos.

Pense no longo prazo

Muita gente minera e já vende tudo imediatamente. Outros preferem guardar uma parte, apostando na valorização futura. É uma estratégia pessoal.

Como dizia meu avô: “Plantando hoje, colhendo amanhã”. Às vezes a moeda que você minera agora vai valer muito mais no futuro.

Para onde caminha a mineração?

O cenário muda rapidamente, mas algumas tendências que tenho observado:

  • Mais uso de energia limpa (solar, eólica, hidrelétrica)
  • Equipamentos cada vez mais eficientes energeticamente
  • Mais moedas mudando para Proof of Stake (sem mineração tradicional)
  • Países criando regras específicas para mineração
  • Pequenos mineradores se unindo em cooperativas

A mineração provavelmente não vai acabar, mas vai mudar bastante nos próximos anos. Quem conseguir se adaptar sai na frente.

O que ganhei além de algumas moedas

Minerar me ensinou muito mais que só tecnologia. Aprendi sobre:

  • Paciência (os resultados não vêm da noite pro dia)
  • Planejamento financeiro (calcular custos x benefícios)
  • Comunidade (os grupos de mineradores se ajudam muito)
  • Visão de longo prazo (às vezes vale a pena apostar no futuro)

E tem algo incrível em participar ativamente desse sistema em vez de só comprar moedas prontas. É como a diferença entre comprar pão na padaria ou fazer seu próprio pão em casa. O processo em si tem valor.

O resumão sobre minerar criptomoedas como funciona

  • Minerar é usar poder computacional pra validar transações e criar novas moedas
  • Existem vários métodos: solo (difícil), pool (mais comum) e nuvem (terceirizado)
  • O equipamento depende da moeda, variando de placas de vídeo a máquinas específicas
  • A energia é um custo MUITO importante a considerar
  • O lucro depende do valor da moeda, dificuldade de mineração e custos operacionais
  • Sistemas diferentes: Proof of Work (mineração tradicional) e Proof of Stake (sem mineração)
  • Os riscos incluem volatilidade das moedas e aumento da dificuldade
  • Estratégias como escolher bem a moeda e otimizar custos fazem diferença
  • O futuro provavelmente trará soluções mais eficientes e regulamentações

As dúvidas que todo mundo tem

1. Quanto custa pra começar a minerar? Depende muito. Com um bom computador que você já tenha, pode começar com custo zero. Para montar algo dedicado, de R$5.000 pra cima.

2. A mineração gasta muita luz mesmo? E como! Um setup médio consome mais que um chuveiro elétrico ligado várias horas por dia.

3. Dá pra minerar um Bitcoin inteiro? Sozinho e com equipamento caseiro? Praticamente impossível hoje. Em pool levaria anos ou décadas.

4. É legal minerar no Brasil? Sim, totalmente legal. Só não esqueça de declarar seus ganhos no imposto de renda se passar do limite isento.

5. Quais moedas são mais tranquilas pra iniciantes? Monero, Ravencoin e Vertcoin são boas pedidas para começar com equipamento comum.

6. Meu notebook serve pra minerar? Tecnicamente sim, mas notebooks não são feitos pra isso. Esquentam demais e podem ser danificados pela mineração contínua.

7. O que acontece quando todos os Bitcoins forem minerados? Os mineradores continuarão ganhando pelas taxas de transação, não mais por moedas novas.

8. Como guardo as moedas mineradas? Em carteiras digitais. As “quentes” ficam online (mais práticas) e as “frias” offline (mais seguras).

9. Aquelas fazendas gigantes de mineração são reais? Super reais! São galpões enormes cheios de máquinas, com sistemas de refrigeração industrial e acesso a energia barata.

10. A mineração vai acabar um dia? A mineração tradicional pode diminuir com novas tecnologias, mas alguma forma de validação sempre existirá nas criptomoedas.

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